A desglobalização é um processo de desintegração entre as economias de países parceiros, que costuma se intensificar em períodos pós-traumáticos para a sociedade, como pós-guerras ou pós-crises.
Trata-se de um processo que visa aproximar novas oportunidades de parcerias, e mitigar a dependência de determinados países das redes de fornecimento que ofereçam algum tipo de risco.
Anteriormente, a desglobalização já foi percebida em momentos como a Crise de 2009, que teve como estopim a bolha ponto com e a bolha imobiliária nos Estados Unidos, somadas ao ataque terrorista às torres gêmeas de 11 de setembro de 2001. Na ocasião, estes eventos trouxeram uma estagnação no crescimento da globalização e dos processos comerciais entre países.
No atual período pós-pandemia, a desglobalização volta a curso, provocada por motivos que envolvem as consequências da pandemia em si, mas também, uma guerra geopolítica e hegemônica entre Ocidente (mais precisamente Estados Unidos), e Oriente (especificamente China).
Quais as características da desglobalização em curso?
Em partes, a desglobalização atual advém da percepção de insegurança trazida pela Covid-19, que foi capaz de paralisar cadeias de suprimentos inteiras, criando uma crise no transporte marítimo de cargas e um aumento nos preços dos fretes que podemos dizer que nunca foram completamente superados.
Para entender este ponto, é importante lembrar onde teve início a Covid-19: justamente na China, maior país exportador do mundo, que tem os Estados Unidos como principal destino de seus produtos.
E aqui entra, então, o segundo motivo para o crescimento da desglobalização: a guerra por hegemonia econômica com a China tem levado os Estados Unidos a buscarem por fornecedores ao redor do mundo que possam garantir competitividade e qualidade, em localizações mais estratégicas, amigáveis e próximas.
Como o Brasil pode se beneficiar da desglobalização?
Os processos de que falamos no parágrafo anterior têm nome. Tratam-se dos chamados friendshoring (trazer suas parcerias comerciais para países mais amigáveis e compatíveis com sua cultura e política) e nearshoring (trazer as cadeias de produção para mais perto, a fim de evitar rupturas e dificuldades logísticas).
São processos que já vinham acontecendo de forma sutil antes da pandemia, mas que ganharam aceleração com a epidemia global.
É o caso de países como o México, que se tornou nos anos recentes um importante polo de industrialização e sede de diversas multinacionais, que migraram suas fábricas para lá em função da proximidade com os Estados Unidos e de condições econômicas e sociais favoráveis, como mão de obra barata e um processo de industrialização já bastante consolidado.
No caso do Brasil, este movimento global também pode trazer grandes negócios, especialmente voltados à produção da indústria de base, como é o caso de minérios essenciais na fabricação de produtos de alta tecnologia, como chips e baterias de veículos elétricos.
Representamos, para os países dominantes da economia mundial, uma importante alternativa de fornecimento de produtos e matérias-primas produzidas por meio de fontes limpas, com uma pegada de carbono mais neutra em relação aos demais países.
Nossa matriz energética é bastante avançada em relação a todos os países do mundo, sendo composta em grande parte por fontes renováveis, como as energias hídrica, solar, eólica e de biomassa, por exemplo.
Sendo assim, cabe ao Brasil, e às empresas como um todo, entender como aproveitar este movimento global e traduzí-lo em negócios e geração de emprego e renda para a economia interna.
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Abraços, Equipe Freitas