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Ataques a Navios de Carga no Mar Vermelho

Os recentes ataques a Navios de Carga no Mar Vermelho têm provocado riscos e insegurança logística a nível global, em um segmento já bastante afetado pelas implicações do pós-pandemia, que não foram, até hoje, completamente superadas.

Confira neste artigo tudo que você precisa saber sobre o assunto, e como ele pode impactar o seu dia a dia e suas operações.

O que está acontecendo no Mar Vermelho?

Desde novembro de 2023, rebeldes Houtis apoiadores do Hamas têm atacado navios de carga no estreito de Bab al-Mandab, que liga o Mar Vermelho ao Canal de Suez, por onde passam 10 a 15% de todo o comércio mundial, e 30% dos volumes globais de transporte de contêineres.

A ação tem o objetivo de causar prejuízos econômicos aos aliados de Israel visando fazer com que eles pressionem por um cessar-fogo na Palestina.

Esta rota é a alternativa mais curta e econômica para conectar o oriente ao ocidente. A título de comparação, enquanto a viagem pelo Canal de Suez leva 25 dias, o deslocamento contornando a África, pelo Cabo da Boa Esperança, pode levar até 34 dias ou mais.

Quais podem ser os impactos dos ataques no Mar Vermelho?

O primeiro e mais forte impacto até agora é o cancelamento da passagem pelo local de algumas das principais empresas de transporte marítimo do mundo – entre elas, Maersk, Hapag-Lloyd, CMA CGM Group e Evergreen. A empresa de cruzeiros MSC também cancelou viagens programadas que tinham passagem pelo local.

Empresas petrolíferas como a BP também modificaram suas rotas, o que provocou o aumento dos preços do petróleo e do gás.

Além das transportadoras de cargas e passageiros, algumas indústrias globais também já estão sentindo as consequências destes ataques. 

Marcas como Suzuki já anunciaram a suspensão de algumas de suas operações em função da dificuldade no fornecimento de peças para suas produções. Outra montadora que também anunciou a paralisação de parte de sua produção de carros elétricos, na fábrica da Alemanha, foi a Tesla.

Segundo o Instituto Kiel para a Economia Mundial, da Alemanha, o comércio global já está sentindo uma forte queda de 1,3% entre novembro e dezembro em função dos ataques.

Os efeitos destas paralisações e da insegurança provocada pelos ataques não se restringem ao transporte marítimo, já que a cadeia de distribuição da qual ele faz parte é muito mais ampla. Ela pode levar a:

  • Encarecimento do custo do transporte marítimo com aumento geral nas tarifas de transporte;
  • Disparada dos custos dos seguros;
  • Baixa oferta de contêineres vazios;
  • Sobretaxas de guerra;
  • Atrasos nas remessas;
  • Aumento nos preços do petróleo.

Todas estas consequências podem levar gradativamente a um aumento dos preços dos produtos ao consumidor final em um momento de inflação que já afeta a todo o planeta.

O Brasil tem no Oriente Médio um importante parceiro para a compra de carnes, por exemplo, e nossas exportações podem ser fortemente afetadas em função deste contexto. Atualmente, em torno de 21% destes produtos passam pelo Canal de Suez.

Feriado Chinês e Canal do Panamá

Outro ponto importante a ser lembrado é que o segmento já seria fortemente afetado pelas paralisações referentes ao Feriado Chinês, que acontece no mês de fevereiro, quando a escassez de armadores, contêineres e navios se torna bastante evidente, levando a um aumento dos custos de fretes e a atrasos nas entregas.

Assim, uma cadeia de suprimentos que já estaria com uma alta demanda não atendida, se vê ainda mais sufocada em função destes acontecimentos, que não parecem ter data para terminar.

A seca histórica no Canal do Panamá também é outro ponto que pressiona ainda mais a situação, afetando também a economia e a logística global e representando mais um complicador para o transporte marítimo mundial.

A situação no local se agravou ainda mais nas últimas semanas, com o baixo nível de água limitando a capacidade de tráfego dos navios.

A Autoridade do Canal do Panamá implementou reduções no tráfego para conservar água, diminuindo o número diário de trânsito de navios de 34/36 para 25. Prevê-se que esse número possa cair ainda mais, chegando a 18 até fevereiro, representando metade da capacidade total.

O que deve acontecer no futuro?

Uma coalizão de Países denominada Operação Guardião da Prosperidade foi articulada entre diversos países do globo visando diminuir os impactos e riscos de se navegar por esta região.

Participam países como Estados Unidos, Reino Unido, Barein, Canadá, França, Itália, Holanda, Noruega, Espanha e Seychelles, entre outros.

O temor de todos eles, e de todo o mundo, é de que o conflito escale para outras regiões, incluindo outras nações e levando a uma guerra ainda maior, que pode ter consequências não apenas para a logística e o fornecimento de suprimentos essenciais, mas também, para a geopolítica a um nível global.

O que fazer para evitar os impactos dos ataques no Mar Vermelho?

Infelizmente, mesmo o que acontece do outro lado do mundo tem um forte impacto nas operações no Brasil. 

Contar com um parceiro de experiência e excelência é um dos principais meios de evitar ser impactado por este contexto.

A Freitas possui ferramentas que ajudam você a monitorar os embarques ao longo de todo o trajeto, tornando a operação mais segura e rastreada.

Também assessora sua operação por meio de consultoria para identificar quais podem ser as melhores alternativas para evitar riscos e fazer com que suas cargas cheguem ao destino de forma mais rápida e assertiva.

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Abraços,
Equipe Freitas.

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